Falar sobre delicadeza dentro do contexto da adicção é algo indispensável, ainda mais quando a família e a dependência química, uma relação delicada é estabelecida entre esses dois meios. Como nossa especialidade é deixar o mais claro possível a questão da dependência química, justamente com o intuito de retirar as barreiras e os taboos pertinentes ao contexto da doença da adicção, ou do comportamento adictivo aliado ao consumo de substâncias psicoativas. Sendo assim, AcheAqui Clínicas disponibiliza mais um artigo em nosso BLOG: “Família e dependência química, uma relação delicada” onde o mesmo tem como premissa fazer uma avaliação dentro do âmbito familiar. Justamente porque a doença da dependência química de delicada não tem nada. É uma doença perigosa e que destrói tanto a pessoa que sofre da mesma como as relações e laços familiares que envolvem o adicto.

Posto Isto, apresentamos o quanto a doença da dependência química é lentamente instalada e posteriormente se torna agressiva. Ainda mais quando a substância de escolha tem um alto índice potencialidade de vício como cocaína e crack. Desta forma tornar-se adicto leva um tempo, entretanto quando instalada a doença da adicção; caso não tratada; a agressividade do seu procedimento evolutivo pode-se tornar dolorosa e letal. Postulada de tal maneira, é comum dizer que é uma doença delicada. Diante disto o tratamento se desenvolve várias partes envolvidas (família e dependente), e ao mesmo tempo, torna os laços entre tais partes fragilizados e delicados.

Uma Doença nada Delicada

Delicada no tratamento, progressiva e agressiva para quem sofre. Como citada diversas vezes, a doença da dependência química atinge milhares de pessoas, mas não acontece de forma isolada. Existem um conjunto de comportamentos obsessivos e compulsivos que desenvolvem-se de maneira a suprir certas sensações desconfortáveis enfrentadas pelo futuro adicto e que são trazidos por grande parte da sua vivência. Então, porque não aliar esses comportamentos ao consumo de uma substância de maneira à esquecer os problemas?

Exatamente isso que ocorre. Como citado, é um conjunto de comportamentos que ao final resultam em uso da substância de escolha. Porém, apesar desses comportamentos não serem interessantes da maneira que são desenvolvidos, são comportamentos mais comuns e que prevalecem durante o estágio do desenvolvimento da doença. Sendo assim, vamos listar alguns dos comportamentos pertinentes ao quadro de adicto.

O Comportamento Adictivo em prol à Uma Dependência

O comportamento adictivo é um tipo de comportamento onde a compulsão e obsessão para com a substância é algo inerente ao caso de dependência de substâncias psicoativas. Sendo assim, há uma mudança da pessoa e principalmente do caráter da mesma, em prol a defesa do uso. Sendo assim vamos listar alguns dos comportamentos que acabam por aflorar quando se está em processo de uso.

  1. Isolamento Social
    Na maioria dos casos, pessoas que começam a usar essas substâncias, normalmente, começam a transformar suas amizades. O isolamento acontece quando o indivíduo começa a se isolar de seus amigos e familiares que visualizaram o contexto das drogas de maneira pejorativa. Sendo assim, começa a se aproximar de pessoas que têm tendências de uso. Ou que não o banalizam

Ao mesmo tempo, quando o uso começa a se transformar de maneira esporádica para frequente, o isolamento acontece. A pessoa começa a se isolar dos demais com o intuito de aumentar ou manter esse uso. Como as drogas são marginalizadas ou banalizadas, manter essa questão em segredo, é essencial.

  1. Mentiras e Manipulação
    Mentir e manipular são os meios mais frequentes para que outras consequências aconteçam. Usar de uma substância que é marginalizada socialmente, porém que supre um prazer momentâneo é necessário desenvolver técnicas que auxiliem a justificativa do uso. Então mentir para conseguir fazer uso das substâncias é um meio. A manipulação também faz parte disso. Principalmente quando se necessita de recursos financeiros para se consegui-la.

  2. Justificativas
    As justificativas para se manter o uso vão desde a criação de problemas como a maximização de pequenos problemas rotineiros. Por exemplo: “Minha vida é um lixo, então uso” – “Eu uso, minha vida fica um lixo, então eu uso mais” ou “Ninguém me ama, então vou usar” – Essa dinâmica para criar meios de manter o uso fazem com que comece a se usar mais e mais.

  3. Alteração de Humor
    Não se consegue manter um equilíbrio na questão do humor quando se tem uma doença de cunho mental. As doenças mentais, como depressão; dependência química; transtornos obsessivos e compulsivos; transtornos de ansiedade generalizada; transtorno bipolar afetivo; entre outros transtornos, fazem com que as alterações químicas cerebrais sejam tão fortes que reflitam no humor da pessoa em questão, e em seguida em como se relacionam com o ambiente

  4. Características Depressivas
    As características depressivas que envolvem indivíduos que têm a doença do comportamento adictivo aliado ao consumo de substâncias psicoativas são geralmente depressivas. Justamente devido ao pico de hormônios que geram prazer durante o uso e posteriormente, a queda abrupta dos mesmos quando há falta da substância.

As partes Envolvidas

As partes envolvidas são justamente quando se trata da família e dependência química, uma relação delicada. A família tem um papel fundamental na recuperação de indivíduos que sofrem da síndrome do comportamento adictivo aliado a narcóticos. Porque justamente é a família que escolhe fazer ou não o resgate da pessoa. Escolher ajudar é algo maravilhoso, porém além de realizar o tratamento para o indivíduo, é necessário que a família também esteja aberta ao tratamento da adicção. Considerados codependentes, os familiares que estão envolvidos dentro de um âmbito familiar onde há um dependente químico, acabam por adoecer junto ao adicto. Essa relação faz com que os laços se tornem ainda mais delicados.

A Delicadeza dos Laços

Para finalizar, família e dependência química, uma relação delicada é um dos artigos onde, demonstra-se o quão a família sofre em ter um adicto no meio familiar. Contudo a mesma é primordial para melhora ou piora do quadro da dependência desse ente. É importante que a família procure a informação sobre o contexto da doença da dependência química e juntamente com isso, dê início ao tratamento. Banalizar a doença, marginaliza-la e mascará-la, só irá causar dores futuras à ambas as partes. Fragilizando ainda mais os laços entre as partes. Postergar o tratamento pode causar danos irreversíveis à ambas as partes. E além do mais pode ser letal para o dependente.