Recentemente o e-cigarette, “pods” e outros foram, proibidos em todo o território nacional porque causam dependência com mais facilidade por conta dos altos níveis de nicotina liberados em altas quantidades. Com essa matéria do Ache Aqui Clínicas você pode entender porque os “pods” se tornaram tão populares e o porque são a modinha em meio ao público adolescente.
Além disso, entenda o que acontece quando você fuma diversas vezes cigarros eletrônicos e quais os problemas que ele pode causar nos pulmões. Especialistas sugerem que a “evali”, doença devido ao seu uso, pode ser perigosa e levar a quadros de insuficiência respiratória.
É só olhar por aí que você vai ver um jovem em uma noite soltando aquele monte de fumaça de uma vez só. Os cigarros eletrônicos estão disponíveis em diversos segmentos da sociedade, mas são os preferidos pelos jovens. A Folha de SP em uma matéria sobre esse item popular em meio aos adolescentes relata que é uma moda proibida, misteriosa e fatal.
A moda de hoje são os e-cigarettes que, diferentemente do cigarro comum, liberam substâncias como a nicotina líquida em vapor para ser tragada. Além dela, outros elementos que também estão líquidos, ajudam a conduzir a nicotina até o pulmão.
Desde 2009 a comercialização, propaganda e importação dos mesmos são proibidos, mas é possível encontrar o produto a partir de 200 reais em qualquer site da internet. Os especialistas sugerem que o maior problema é não saber de onde vem as substâncias e sua quantidade liberada. Assim, cada vez mais se encontram jovens fazendo o uso do produto em diversos locais, mesmo sabendo que o cigarro eletrônico causa dependência.
Desde 2003, quando foram criados, os produtos passaram por várias gerações e “melhorias”. Sendo alguns descartáveis, outros recarregáveis com refis líquidos onde há propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes. Outros considerados “pods” que contêm sais de nicotinas e outras substâncias diluídas em um líquido e se assemelham a pendrives.
No final dos anos 2000, no país foram criadas algumas regulamentações da Anvisa como a RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. Onde a diretoria Colegiada do órgão decidiu que a comercialização e importação de cigarros eletrônicos para fumar são proibidos no país. Assim, baseada na precaução devido a inexistência de dados cientificamente comprovados sobre a segurança do produto, a medida tinha o intuito de que o mesmo ao longo do tempo desaparecesse do mercado, o que não ocorreu.
Stella Regina Martins, da divisão de pneumologia do Incor (Instituto do Coração), cita que mesmo em quantidades menores comparadas ao cigarro comum, provocam lesões pulmonares que os médicos ainda estão estudando, chamadas “evali”. Nos EUA, os cigarros eletrônicos já provocaram a morte de 30 adolescentes e mais 2000 nas internações em hospitais.
Como é um produto novo, os especialistas ainda não sabem exatamente os riscos que ele causa no organismo. “No cigarro comum são em média 4700 substâncias diferentes cancerígenas, no eletrônico nem temos ideia.” , cita Silvia Cury Ismael, gerente de psicologia do Hcor.
Além do mais, se os níveis de nicotinas forem altos no momento em que se inalar ou aspirar o produto, o cigarro eletrônico causa dependência em níveis maiores que o cigarro convencional. O pneumologista Luiz Fernando Pereira, da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia, explica que essas substâncias líquidas se transformam em material particulado muito fino, penetrando com mais facilidade nas vias aéreas, o que compromete o pulmão.
As consequências do uso prolongado do cigarro eletrônico ainda dependem do tempo para serem descobertas. Mas especialistas dizem que a curto prazo algumas das substâncias inaladas podem incitar quadros de bronquite, lesões pulmonares e a “evali”.
Sintomas da nova doença são conhecidos como tosse, falta de ar incapacitante e dor no peito, o que pode ser confundido com outras enfermidades. O que define como diagnóstico é o fato desses sintomas estarem associados ao uso do e-cigarette.
O The Washington Post, diz que as autoridades de saúde nos EUA identificaram um componente, o acetato de vitamina E nos fluidos pulmonares de 29 pessoas que adoeceram e morreram misteriosamente. Várias delas eram usuárias de e-cigarretes e tinham diversas lesões graves nos pulmões. O óleo é apontado como o provável responsável pela epidemia que atingiu 2000 pessoas e matou pelo menos 30.
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