Quando se trata da doença da dependência química, deve-se atentar à muitos comportamentos vinculados à doença, justamente porque nunca se sabe o que um dependente químico é capaz de fazer. Então esse artigo vem com o intuito informativo sobre como acontece o procedimento da evolução da doença da adicção não só justificando os fins (uso), mas também justificando os meios. Literalmente é sempre uma troca; como Maquiavel já nos ensinou no passado: “os fins justificam os meios”. Mas em adendo, e os meios também justificam os fins.

Desta maneira a equipe AcheAqui Clínicas traz para você informações precisas sobre e questão comportamental dentro do ambiente dos comportamentos adictivos aliado ao consumo de substâncias psicoativas independentes de licitude geral. Sendo assim, desta maneira antes mesmo de achar que é loucura o que um adicto faz, vamos tentar compreender as coisas de maneira mais racional. Mas sem racionalizar a questão do vício como justificativa ao ponto de causar pena, dor e outros afins.

É uma doença?

Sempre citamos em nosso Ache Aqui Blog uma diferença entre a dicotomia do comportamento adictivo e a dependência química. Sempre dizemos que é como se ambos fossem personalidades diferentes que se auto completam. A complexidade dos comportamentos compulsivos e obsessivos que surgem em diferentes fases da vida, com o intuito de suprirem dores emocionais, estão totalmente aliados e ligados com a questão das substâncias psicoativas.

Sendo assim, é uma doença. Pois justamente estamos falando de algo ou substância que faz com que a pessoa que é usuária faça uma troca ilógica mas ao mesmo tempo simples de se racionalizar. Trocar a vida toda por algo que gera prazer momentâneo e que traz consequências gravíssimas e ao mesmo tempo irreversíveis, não pode ser apenas “sem vergonhice”. Muito pelo contrário, existe um conjunto de comportamentos que são trazidos desde a infância até à fase adulta e que estão de mãos dadas ao consumo de substâncias como medicamentos, drogas, álcool e outras vícios em geral.

Da infância à fase Adulta

Como se compreende esses comportamentos? Porque são trazidos para fase adulta? São nessas indagações que temos que nos basear. É uma questão de individualidade, de característica, de como a pessoa portadora desses comportamentos, lida com sentimentos ou emoções negativas que estão a todo momento entrando em contato com ela. Há um enfrentamento? Ou há uma fuga? E normalmente isso acontece desde pequeno. O problema é procrastinar esse enfrentamento, e aí trazê-lo para adolescência. Sendo assim já é um começo de diversos problemas.

Mentir, manipular, racionalizar problemas de maneira ilógica e defendê-los com o intuito de mostrar competência é algo que está dentro do comportamento adictivo. Suprir sensações de desconforto com atitudes aparentemente simples (mas nem sempre benéficas e corretas) é mais fácil do que enfrentar uma situação estressante. Vamos citar três exemplos simples, mas que remetem a mesma questão:

  1. Uma criança que presencia os pais brigando começa a se apegar à um brinquedo de forma compulsiva e obsessiva pode ser uma maneira de fugir da situação desconfortável. Aquele brinquedo ou aquele conjunto de brinquedos faz com que a questão dos pais brigarem, se tornar irrefutável. Aqui a questão implícita é ter em que se apoiar, no caso, brinquedos

  2. Na adolescência, o mesmo acontece. Toda vez que os pais ou a família se sujeitam à brigas e discussões, a questão adquirir: roupas, eletrônicos, celulares, sapatos, ou qualquer coisa que faça com que a problemática da briga, seja esquecida. Mas ao mesmo tempo de maneira irresponsável. Sendo assim a questão implícita também é ter em que se apoiar, como bens físicos de maneira compulsiva e irresponsável (gerando dívidas), mas que são partes de comportamentos obsessivos e compulsivos.

  3. A problemática drogas, independente da licitude mas que altere o estado psicológico também é algo que está dentro da questão ter. Ou seja, ter uma substância que transforma dor em prazer, independentemente de consequências futuras, também está atrelada a fuga e à comportamento adictivo.

Como autor deste texto, não sou médico, nem ao menos psicólogo, mas sim um adicto em recuperação que fez tratamento para dependência química há mais de dez anos. E utilizei como exemplo de comportamento adictivo, parte da vivência realizada por mim e que já foram temas de sessões com psicólogos e trazidas para parte de psiquiatria. Mas que hoje, fazem parte de como eu lido com as adversidades da vida.

Uma Insanidade Doentia

Foi falado muito sobre comportamento adictivo, mas e aí, o que um dependente químico é capaz de fazer?Tudo, simplesmente tudo que faça com que se tenha a substância.” Independente de moralidade implícita nos meios de como conseguir e como se consome com a mesma. Quando fala-se sobre essa temática, apesar de marginalizada por ser um assunto pesado, é mais que necessário que a família que está envolvida dentro de um contexto de codependencia saiba o que uma pessoa que é adicta e alia isso as drogas é capaz fazer.

  • Manter o USO à qualquer CUSTO.

Sim, realmente é a premissa mais simples do dependente químico. “Ter um dia estressante e aliviá-lo com o uso é bom; Fugir de situações ruins com o uso, é bom; Sair com os amigos e comemorar com o uso é bom; ter relações sexuais com o uso e bom.” A questão de usar e gerar prazer independentemente da situação, é a premissa. Porém, encarar as consequências é muito difícil. Então, aí que entram os comportamentos adictivos em como criar as situações para conseguir os recursos para que esse uso prevaleça e alimentar o ciclo. Pois esse uso irá gerar mais desconforto futuro e mais necessários os comportamentos adictivos para mantê-los. É um ciclo infinito.

  • Consequências Racionalizáveis

Como a contemplação da substância é algo primordial, mas ao mesmo tempo traz consequências extremamente negativas, o dependente químico nega a interferência da substância na sua vida. “Eu paro quando eu quero” “Eu uso porque gosto” “Eu pago minhas contas, cuida da sua vida” eu outras diversas racionalizações da substância acontece na fase esporádica ou pré-habitual. Porém quando se estão consumindo todos os recursos para o uso e a compulsão e obsessão estão à todo vapor, a pior fase da dependência química se mostra.

  • Do Luxo ao Lixo

O que um dependente químico que está consumido pela substância é capaz de fazer?

  1. Roubar quando se não há mais recursos como empréstimos, cheque especial, familiares que ajudem.

  2. Manipular familiares para ter os dinheiro necessário para obter a droga de preferência.

  3. Se prostituir com o intuito de adquirir a substância, normalmente com pessoas que estão atreladas ao ambiente de consumo da substância.

  4. Manipular e mentir com o intuito de culpar os demais e justificar o porquê do uso

  5. Relutar a necessidade de parar, contemplar a substancia

  6. Vender itens pessoais ou da comum da casa para conseguir os recursos para justificar o uso

 

Os CCC’s da Dependência Química

Existem diversos outras questões mas que não se irá abordar aqui, justamente por ser um assunto muito pesado. Porém como resposta o que um dependente químico é capaz de fazer,  novamente é tudo. Tudo é capaz alguém que tem como meta uma substância que gere fuga e prazer, mesmo que traga prejuízos irreversíveis. Sendo assim os CCC’s da dependência química são nada mais que as consequências que a doença do comportamento adictivo aliado ao consumo de entorpecentes traz ao indivíduo, sendo elas: Clínicas, Cadeias e Caixão (morte).

Por fim, a intenção de promulgar esse artigo em nosso Blog é que, a equipe AcheAqui Clínicas oriente as famílias para que todos realizem o tratamento do seu ente querido no primeiro C – clínicas – com o intuito de evitar o segundo que é mais grave (prisões) e de qualquer maneira dificultar o último C – caixão, morte) onde justamente a doença vence o dependente.