Existe uma grande diferença entre dependência química ou abuso de substâncias químicas. Por ser um tema polêmico e que muitas pessoas estão trazendo à tona recentemente, falar sobre dependência química é algo necessário e que está ligado à diversas questões de saúde pública, por exemplo.
Além do mais, da maneira que as coisas estão atualmente, justamente por causa da epidemia do coronavírus, aumentou significativamente os casos de pessoas que recorrem às drogas, mesmo limpas, como fonte alternativa ao isolamento social e confinamento.
Isso reflete na explosão da procura pelos centros de atenção psicossocial (CAPS) e grupos de apoio como N.A e A.A. Salas de reuniões online lotadas, atendimento via telefone sempre ocupado foram as realidades enfrentadas por pessoas que estavam de apoio emergencial no atendimento de pessoas que gostariam de informação sobre como é ser adicto.
Além do mais, nossa equipe do AcheAqui Clínicas em observação ao contexto atual, percebeu que as pesquisas nos mecanismos online de busca sobre pessoas que queriam informações sobre como tratar seus vícios ou como se recuperar sobre uma perspectiva de dependência química, dobrou.
Para nortear esse artigo, vamos diferenciar duas coisas importantes que são a dependência química, o abuso de substâncias químicas e o contexto do usuário. Afinal, por mais que sejam coisas parecidas, são igualmente distintas. Por mais que se tratem de um contexto químico, a química cerebral é diferente.
Concomitantemente, abordaremos outros tópicos importantes sobre essa distinção, fazendo uma análise e propondo medidas de tratamento pertinentes a cada uma delas. Portanto, quando se trata de falar de saúde, nós do AcheAqui clínicas juntamente com as Clínicas Restituindo Sonhos somos referência.
O abuso de substâncias é justamente quando, independentemente da substância, há uma abuso no seu consumo. Todavia esse abuso pode ser esporádico, ou até mesmo apenas uma vez. Não está necessariamente ligado a algo rotineiro ou que esteja associado à uma frequência.
Para exemplificar de forma mais adequada, peguemos uma pessoa em uma festa. Ao começar a tomar alguns drinques, o indivíduo pode perder o controle e tomar um “porre”. Ou seja, a pessoa abusa do álcool e fica em uma situação de embriaguez, mas não necessariamente é algo de rotina, pode ter sido a primeira vez, ou a primeira e última vez.
O mesmo se remete à questão de narcóticos, existem pessoas que experimentam drogas, e no decorrer da noitada, passam por situações de mal estar por abuso da substância, mas não necessariamente que vivenciam essas sensações constantes. Entretanto, há indivíduos que rotineiramente, por dependência da substância, realizam um abuso constante.
A dependência química é o ato do indivíduo não conseguir controlar o seu comportamento em relação a uma determinada substância psicoativa. As alterações químicas cerebrais da substância no organismo foram tão grandes, que fazem com que novamente o organismo recorra a droga de escolha de forma compulsiva e obsessiva.
Sendo assim é justamente quando todos os comportamentos saudáveis de um indivíduo se moldam em prol da substância. Mesmo sabendo dos malefícios e dos problemas futuros, o indivíduo reincide no processo de uso da substância de forma contínua e frequente.
“Todo dependente químico abusa das substâncias, mas nem toda pessoa que abusa da substância é dependente químico.”
Se partirmos dessa premissa fica mais fácil de entender o contexto de um e de outro. Entretanto é comum que pessoas que são dependentes químicas, abusem das substâncias, justamente pelo quadro evolutivo da doença.
Como já sabemos, a dependência química ou síndrome do comportamento adictivo aliado ao consumo de substâncias psicoativas independente de licitude, é uma doença considerada pela OMS como um transtorno mental, que é progressivo, incurável e fatal.
As pessoas que são dependentes químicas, ao se instalar a relação entre droga de escolha e usuário, passam progressivamente a consumir mais da substância. Pois a mesma “brisa” – sensação – inicial nunca mais será a mesma ao longo do processo de uso. O que faz com que o indivíduo recorra a doses cada vez maiores da substância, no intuito de chegar na mesma sensação inicial.
A letalidade de pessoas que são dependentes químicas ou usuárias de drogas, é um fato. Pode acontecer de maneira rápida como em uma overdose, como de forma mais lenta, onde o indivíduo pode morrer em decorrência de comorbidades apresentadas futuramente, decorrentes do processo de uso.
Overdose
A overdose de alguma coisa ou de alguma substância é quando o consumo da droga de escolha – independente de licitude – é realizado em meio de superdosagem, ou dosagem cavalar. A morte por overdose pode ser rápida, como em pessoas que utilizam crack, cocaína, anfetaminas e heroína, onde a morte pode ser súbita e instantânea. Quanto também pode levar a hospitalização por abuso da substância e, dependendo do tipo de composto consumido os danos nos órgãos podem ser irreversíveis a ponto de em horas ou dias se levar à óbito.
Morte por comorbidades em decorrência da substância
Esse tipo de consideração e classificação é comum também. Por exemplo, pessoas que são fumantes tendem a ter uma precipitação maior de carcinomas no pulmão, e mesmo que esta seja a causa da morte, na verdade o agente foi o cigarro. Como exemplo mais comum, tanto o cigarro quanto o álcool são as duas substâncias LÍCITAS mais letais que se tem conhecimento hoje em dia.
O melhor recurso terapêutico no tratamento da dependência química ou abuso de substâncias químicas é o conhecimento. Justamente é fundamental que se conheça como funcionam os processos instalação da dependência química, para principalmente pessoas que estão começando a se apegar em alguma droga de escolha, cessarem esse comportamento de uso.
Por fim, o conhecimento é válido em todos os sentidos, quando se trata de malefícios que as substâncias oferecem, o resultado são inúmeros. Entretanto, para o dependente químico o final é praticamente o mesmo em três situações: Clínica de Recuperação, Cadeias ou Caixão.
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