A cracolândia tem um ritmo próprio, mas o que mais chamou a atenção dos serviços de inteligência da PM, foi a prisão de Lorraine Bauer e seu namorado André de Almeida. A princesinha da cracolândia surpreende a todos pela beleza e ostentação nas redes sociais, ambas sustentadas pelo dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
Com essa matéria completa do Ache Aqui Clínicas, você pode conhecer a história da cracolândia, como funciona o seu fluxo e a maneira que os traficantes agem. Surpreendentemente organizado, o tráfico de drogas deixa um rastro de destruição e violência à base de pessoas fragilizadas, os dependentes químicos.
A cracolândia teve suas origens na década de 90 na região da luz, entre as alamedas Cleveland, Dino Bueno, Nothmann e Helvétia. Foi nesta época que começaram as apreensões do crack, a polícia apreendeu 220 gramas da droga, o que não se imaginava é que a crise da época fomentaria o uso, já que era uma droga barata e que qualquer um tinha acesso.
Depois das operações da polícia em março de 2022, as pessoas migraram e o fluxo da cracolândia saiu da praça Júlio Prestes para a praça Princesa Isabel, o novo ponto de venda de drogas. Esse movimento já havia acontecido em 2017, mas agora está efetivo.
Os relatórios da PM de São Paulo, apresentados ao portal G1, demonstram como o tráfico de drogas é organizado e como funciona o esquema de vendas de drogas na cracolândia. Os policiais disfarçados, se infiltraram na cracolândia para desvendar o sistema e apresentá-lo aos serviços de inteligência da polícia.
O esquema de venda é realizado em tendas, todas itinerantes, denominadas vagões. Para que o vagão possa funcionar os disciplinas, seguranças dos vagões, se aglomeram para escondê-los das câmeras das ruas e da polícia em caso de identificação do traficante e de invasão.
Os barraqueiros montam as estruturas e as travessias abastecem os pontos de vendas ao longo do dia. “Os vendedores de drogas evitam por as mãos em armas e em drogas, só no momento em que ele está na tenda ele faz o processo de venda, mas com a total segurança que não será preso.” Roberto Monteiro, delegado da polícia.
Além do mais, os objetos que ficam na frente das barracas servem como escudo e proteção, como forma de distração para a PM não encontrar os traficantes. Consequentemente, todos os objetos que estão à venda nessas barracas, são furtados por usuários para a manutenção do uso e tráfico.
Outra questão interessante, é que os traficantes ordenam os arrastões dos usuários como uma forma de tirar o foco. Assim, os próprios dependentes químicos, além de alimentar a violência e o tráfico de drogas, servem de escudo e apoio para que o traficante ganhe tempo para se esconder, caso haja uma operação da polícia.
Na cracolândia são vendidas todos os tipos de droga sendo elas crack, maconha, ecstasy, lança perfume, cocaína e outros. Em uma operação à paisana realizada pela polícia na Rua Helvétia, descobriram que uma moça estava vendendo drogas, mas o que mais chamava a atenção era a aparência da jovem, uma pessoa que não aparentava ser daquela realidade. Apelidada de princesinha da cracolândia, a mulher chamava atenção por onde andava, especialmente a dos usuários.
Durante as gravações realizadas pelos agentes infiltrados, algumas pessoas foram identificadas e detidas, entre elas uma mulher de 52 anos, um motorista de aplicativo e uma estudante de direito e influenciadora digital. Lorraine Bauer, a princesinha da cracolândia, foi flagrada de gorro e máscara com uma quantidade enorme de dinheiro em uma mesa, o lucro do tráfico.
Os usuários se referiam a ela como a “gatinha da cracolândia”. Lorraine, em diversas filmagens circulava entre os usuários na cracolândia com o namorado André de Almeida. A “influencer” tinha uma vida luxuosa e financiada pelo tráfico de drogas. Bruno Paes Manso, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência/USP, na matéria cita: “as pessoas imaginam que elas tenham muitos admiradores, muitos seguidores e laços sociais fortes, né! Que elas não precisem viver na solidão num mundo paralelo na cidade, isolada de todos os outros.”
A prefeitura de São Paulo afirma que atua uma equipe multidisciplinar de saúde, acolhimento, zeladoria e segurança. Em matéria, foi indagado sobre a dificuldade de combater o tráfico naquela região, e Roberto Monteiro responde ao repórter: “a cracolândia tem jeito se houver engajamento entre todas as forças envolvidas, sejam urbanísticas, legais, assistência social e de engenharia.”
Em fevereiro deste ano, Lorraine foi absolvida pela justiça de uma das acusações de tráfico de drogas que respondia. O juiz entendeu que não havia provas contundentes de que ela era traficante. A jovem tinha sido acusada de indicar aos policiais que a prenderam, em julho de 2021, o local onde teria escondido uma mochila com as drogas. De acordo com os agentes, ela havia dito que escondeu 420 quilos de entorpecentes na rua Helvétia, cracolândia da época na capital paulista.
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