Setembro, esse é um mês que se tornou mundialmente reconhecido pela campanha da prevenção ao suicídio. A Clínica de Recuperação em Guaratinguetá além de apoiar esse movimento relatará pontos importantes sobre o tema. Orientações são importantes para que se possa lidar da maneira mais correta com essas pessoas que estão vulneráveis ao suicídio, evitando assim colocá-las ainda mais em risco.
A Clínica de Recuperação em Guaratinguetá pesquisou para esclarecer essa dúvida que muita gente se pergunta. De acordo com relatos da Associação Catarinense de Psiquiatria essa ação surgiu após o triste acontecido nos Estados Unidos:
“Em 1994, um jovem americano de apenas 17 anos, chamado Mike Emme, tirou a própria vida em seu mustang 1968 amarelo. Seus amigos e familiares distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando o mesmo desespero de Mike, e a mensagem foi se espelhando mundo afora.” (fonte: wikipedia)
Desde então, a partir de 2003, a Associação Internacional para a prevenção do suicídio escolheu o dia 10 de setembro para representar a data de uma das campanhas mais importantes, o dia mundial de prevenção ao suicídio. O Brasil se dispôs a esse sistema em 2015 pelo CVV – Centro de Valorização da Vida, CFM – Conselho Federal de Medicina e ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria.
A Clínica de Recuperação em Guaratinguetá além de acolher e oferecer auxílio aos usuários de substâncias químicas incentiva e educa a população quanto aos seus riscos. Como já explícito é uma campanha que abrange mundialmente à conscientização da prevenção ao suicídio e à promoção da saúde mental. Além de que os usuários de drogas são uma população que apresentam tendências suicidas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. O equivalente de 1 morte a cada 40 segundos. Jovens com idade entre 15 e 29 anos estão entre os que tiram as suas próprias vidas, apontando a segunda principal causa de morte, perdendo apenas para acidentes de trânsito.
No Brasil foram registrados 13467 casos de suicídio no ano de 2019. Os homens representam 76% dessa amostra.
Para cada suicídio, estima-se outras 20 tentativas não consumadas.
No geral, quem comete suicídio são pessoas em crise, que estão passando por dificuldades emocionais e psicológicas (desencadeadas por diferentes fatores – família, crise econômica, estresse, atividade laboral, ser portador de alguma doença crônica – AIDS, Câncer – e outros) que agem de forma impulsiva e normalmente estão em dificuldades em superar a crise. Mas, esses sinais muitas vezes são discretos e nem sempre percebidos por entes próximos.
Existem também, alguns perfis e comportamentos que se enquadram nesse índice estatístico:
– Uso de substâncias psicoativas como o álcool e outros tipos de drogas (cocaína e o crack);
– Histórico de suicídios na família e tentativas anteriores;
– Términos de relacionamentos;
– Alguns transtornos mentais, assim como a depressão, a ansiedades, a esquizofrenia e o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo);
– Quem sofre discriminação: LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais); índios;
– Privação de liberdade e limitações desencadeadas por acidentes, por exemplo;
– jovens que passam por bullying.
Os sintomas podem ser verbalizados, como o desejo da própria morte, mas outros podem ser discretos. A Clínica de Recuperação em Guaratinguetá destacou alguns indícios que deve-se ficar atento:
– Pessoas que apresentarem sentimentos retraídos e isolamento social;
– Pessimismo, apatia e desesperança;
– Narrativas sobre mortes;
– Negligência consigo mesmo;
– Falta de interesse por atividades gerais;
– Personalidade impulsiva e humor instável;
– inapetência.
É importante ressaltar, que muitas vezes, o indivíduo não está em busca do término pela sua vida e sim pelo fim do seu sofrimento, de libertar-se daquela “dor”, daquele mal que lhe perturba e o impede de seguir a sua rotina normalmente.
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS aproximadamente dois terços da população que cometeu suicídio sofre de alcoolismo. Pesquisas apontam que pessoas com histórico de dependência química e de internação, tem a tendência 5 vezes maior de tentarem suicídio posteriormente.
As drogas psico/ trópicas ou substâncias psicoativas podem funcionar como verdadeiros gatilhos ao ato do suicídio. Esses elementos provocam efeitos no organismo que alteram o estado mental, a maneira de agir e o modo de pensar. E por isso, de acordo com os seu estímulo, são classificadas como drogas alucinógenas, estimulantes ou depressoras. Essa nova condição na estrutura física pode acentuar a impulsividade e a ansiedade do indivíduo ou agravar ainda mais os seus sintomas depressivos. No entanto, essas alterações, aumentam consideravelmente o risco de suicídio. Porém, deve-se lembrar, que o usuário dessas substâncias, muitas vezes, já passa por dificuldades emocionais e psicológicas e que o componente químico é um proeminente da crise em que se encontra.
A sujeição do indivíduo que está inserido a esse contexto, que muitas vezes não busca a ajuda de profissionais qualificados, o aprisiona de tal forma que não o permite a libertar-se das drogas e acaba conectando-se ainda mais a elas como uma ilusão para amenizar esses sintomas.
É importante que os próximos ou familiares identifiquem precocemente os sinais de alerta, já mencionados no artigo, para evitar agravos na saúde e/ou atitudes suicidas. É necessário que se acolha imediatamente a quem necessita de ajuda e não tratar a situação com estigma ou tabus. Pois, isso apenas dificultaria a consciência do sujeito de que precisa aderir ao tratamento com profissionais especializados na área. Muitos familiares, também com dificuldades em lidar com a situação de crise, tornam o fato como um tema a ser evitado e acabam adiando o tratamento para o enfrentamento dessas circunstâncias.
É importante lembrar que a comunicação, o gerenciamento a comportamentos suicidas e o apoio emocional são primordiais nessa medida de prevenção. O vínculo de confiança é primordial para que a pessoa se sinta amparada.
A grande maioria das mortes por suicídio podem ser evitadas. Se você conhece alguém busque imediatamente suporte profissional.
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